Máquinas Hidráulicas

Introdução às Máquinas Hidráulicas

Autor(a): Me. Jean Carlos Rodrigues
Revisor: Camilo Gustavo Araújo Alves
Logo Laureate EaD

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Introdução

Olá, caro(a) aluno(a)! É com muita satisfação que damos início ao nosso estudo. Iniciaremos este material apresentando a técnica de associação de bombas, ou seja, a operação de múltiplas bombas ligadas em série ou em paralelo. Em seguida, você aprenderá que a associação em série é capaz de proporcionar ao sistema hidráulico um aumento na altura manométrica, enquanto, na associação em paralelo, o ganho ocorrerá na vazão volumétrica de fluido.

Por último, você terá conhecimento sobre o conceito de cavitação (ou formação de cavas), seus inconvenientes e como estes podem ser evitados. Será apresentado, também, o conceito de NPSH, diferindo o NPSHd da instalação do NPSH requerido pela bomba, além da aplicação da margem de segurança.

Boa leitura!

Associação de Bombas

Prezado(a) estudante, diante da enorme variedade de exigências a que uma instalação hidráulica pode ser submetida, você sabia que é natural que seja difícil de encontrar no mercado uma única bomba capaz de atender a todas as solicitações de vazão e altura manométrica? Por esse motivo, é necessário realizar a associação de bombas. A Figura 3.1, a seguir, ilustra esquematicamente uma associação das bombas em paralelo (a) e em série (b).

#PraCegoVer: a figura mostra o esquema de associação de bombas em paralelo (a) e em série (b). Iniciando à esquerda da imagem, na figura (a), há um cubo cinza R1, simbolizando o motor de acionamento de duas bombas ligadas em paralelo. Mais à direita, há duas linhas horizontais; abaixo delas está escrito “sucção”. Essas linhas se conectam cada uma em uma bomba diferente. Há dois cilindros: um com a descrição B1, mais ao fundo; e outro com a descrição B2, mais à frente da imagem (simbolizando as bombas 1 e 2, respectivamente). Mais à direita, há uma linha denominada “recalque”, que sai da parte superior das bombas. Essa linha se desloca para a direita e sobe verticalmente em direção a um cubo cinza R2, que faz referência a um reservatório. Ao lado direito da imagem, na figura (b), há um cubo cinza R1, simbolizando o motor de acionamento de duas bombas ligadas em série. Mais à direita, há uma linha horizontal; abaixo dela está escrito “sucção de B1”. Essa linha se conecta, mais à direita, à bomba B1. Mais à direita, há uma linha denominada “recalque de B1 e sucção de B2”, que sai da parte superior de B1 e entra na parte de trás da bomba B2. Outra linha, nomeada como “recalque de B2”, sai da parte superior da bomba B2, desloca-se para a direita e sobe verticalmente em direção a um cubo cinza R2, que faz referência a um reservatório.
Figura 3.1 - Associação das bombas em paralelo (a) e em série (b)
Fonte: Baptista e Lara (2010, p. 170).

#PraCegoVer: a figura mostra o esquema de associação de bombas em paralelo (a) e em série (b). Iniciando à esquerda da imagem, na figura (a), há um cubo cinza R1, simbolizando o motor de acionamento de duas bombas ligadas em paralelo. Mais à direita, há duas linhas horizontais; abaixo delas está escrito “sucção”. Essas linhas se conectam cada uma em uma bomba diferente. Há dois cilindros: um com a descrição B1, mais ao fundo; e outro com a descrição B2, mais à frente da imagem (simbolizando as bombas 1 e 2, respectivamente). Mais à direita, há uma linha denominada “recalque”, que sai da parte superior das bombas. Essa linha se desloca para a direita e sobe verticalmente em direção a um cubo cinza R2, que faz referência a um reservatório. Ao lado direito da imagem, na figura (b), há um cubo cinza R1, simbolizando o motor de acionamento de duas bombas ligadas em série. Mais à direita, há uma linha horizontal; abaixo dela está escrito “sucção de B1”. Essa linha se conecta, mais à direita, à bomba B1. Mais à direita, há uma linha denominada “recalque de B1 e sucção de B2”, que sai da parte superior de B1 e entra na parte de trás da bomba B2. Outra linha, nomeada como “recalque de B2”, sai da parte superior da bomba B2, desloca-se para a direita e sobe verticalmente em direção a um cubo cinza R2, que faz referência a um reservatório.

Cengel e Cimbala (2015) afirmam que a associação de bombas em paralelo é uma técnica capaz de aumentar a vazão volumétrica de fluido na instalação hidráulica. Nesse caso, duas ou mais bombas realizam a sucção e o recalque de maneira que a vazão do sistema será a soma das vazões individuais de todas as bombas. É importante, em uma associação em paralelo, que todas as bombas apresentem características iguais ou bem próximas.

Segundo Baptista e Lara (2010), a operação de múltiplas bombas em paralelo, além de ser útil nos casos em que uma única bomba não seria capaz de recalcar toda a vazão necessária, também é empregada quando o objetivo é, no decorrer do tempo, aumentar, de forma escalonada, a capacidade do sistema.

A Figura 3.2, a seguir, mostra três curvas características. A curva para a bomba de menor vazão é a B\(_1\); observe que a vazão dessa bomba é representada pela distância no eixo horizontal do ponto A ao ponto B. A curva para a bomba de maior vazão é a B\(_2\); sua vazão é dada pela distância horizontal entre os pontos A e C. Logo, a vazão resultante da associação em paralelo, para uma mesma altura manométrica, será a distância horizontal entre os pontos A e D, conforme mostrado no traçado que representa a curva característica resultante do sistema.

Homem com óculos de realidade virtual.
Figura 3.2 - Imagem das curvas características das bombas B\(_1\) e B\(_2\), operando individualmente e na associação em paralelo
Fonte: Baptista e Lara (2010, p. 170).

#PraCegoVer: a imagem mostra as curvas características das bombas B\(_1\) e B\(_2\) operando individualmente, e também a curva resultante da associação em paralelo dessas bombas. O eixo vertical representa Hm, ou altura manométrica; já o eixo horizontal, mostra as vazões. A figura contém três curvas que apresentam queda acentuada ao se deslocarem da esquerda para a direita. A curva localizada na parte superior da imagem representa a curva característica resultante da associação em paralelo das duas bombas. Logo abaixo, encontra-se a curva da bomba B2; e um pouco mais abaixo, a curva da bomba B1. Horizontalmente, há quatro pontos em destaque, denominados, respectivamente, da esquerda para a direita: A, B, C e D.

É importante reforçar, neste momento, que, em situações reais de operação, a vazão total do sistema será um pouco menor do que a soma direta das vazões das bombas, operando individualmente, visto que a adição de outra tubulação criará nova perda de carga e resistência ao fluxo.

De acordo com Macintyre (1997), a quantidade necessária de bombas irá variar de acordo com a demanda de cada instalação e também com as opções de bombas disponibilizadas pelos fabricantes. Para os casos em que somente uma bomba atende à demanda hidráulica, sugere-se que uma segunda bomba seja instalada e mantida como reserva.

É comum, mais flexível e econômico os projetistas adotarem a instalação de três bombas; dessa forma, duas irão operar recalcando metade da vazão total da instalação, enquanto a terceira ficaria como reserva. Pode-se, também, pensar na configuração com quatro bombas, sendo que três operariam com um terço da vazão total; e a quarta, como reserva. A partir de 4 unidades, o custo ficará alto.

A associação de bombas em série é uma técnica capaz de proporcionar à instalação de bombeamento um aumento na altura manométrica. Nesse caso, duas ou mais bombas são instaladas em linha, mantendo-se a vazão constante com o aumento de pressão (CENGEL; CIMBALA, 2015).

Segundo Macintyre (1997), um dos pontos que demanda maior atenção nas associações em série é verificar se a bomba seguinte da associação (a jusante) teria capacidade técnica em operar com as pressões descarregadas pela bomba anterior a ela (a montante); isso evitaria que danos fossem causados à estrutura da bomba. A Figura 3.3, a seguir, mostra as curvas características das bombas B\(_1\) e B\(_2\) operando individualmente e, também, a curva resultante da associação em série dessas bombas. Vamos analisar a figura para entender melhor esse conceito.

#PraCegoVer: a imagem mostra as curvas características das bombas B1 e B2 operando individualmente e, também, a curva resultante da associação em série dessas bombas. O eixo vertical representa Hm, ou altura manométrica; já o eixo horizontal, mostra as vazões. A figura contém três curvas que apresentam ligeira queda ao se deslocarem da esquerda para a direita. A curva localizada na parte superior da imagem representa a curva característica resultante da associação em série das duas bombas. Logo abaixo, encontra-se a curva da bomba B2; e um pouco mais abaixo, a curva da bomba B1. Verticalmente, há quatro pontos em destaque, denominados, respectivamente, de baixo para a cima: A, B, C e D.
Figura 3.3 - As curvas características das bombas B\(_1\) e B\(_2\) operando individualmente e, também, a curva resultante da associação em série dessas bombas
Fonte: Baptista e Lara (2010, p. 171)

#PraCegoVer: a imagem mostra as curvas características das bombas B\(_1\) e B\(_2\) operando individualmente e, também, a curva resultante da associação em série dessas bombas. O eixo vertical representa Hm, ou altura manométrica; já o eixo horizontal, mostra as vazões. A figura contém três curvas que apresentam ligeira queda ao se deslocarem da esquerda para a direita. A curva localizada na parte superior da imagem representa a curva característica resultante da associação em série das duas bombas. Logo abaixo, encontra-se a curva da bomba B2; e um pouco mais abaixo, a curva da bomba B1. Verticalmente, há quatro pontos em destaque, denominados, respectivamente, de baixo para a cima: A, B, C e D.

Observe que a curva característica resultante da associação em série, mostrada na Figura 3.3, foi obtida pela soma direta das coordenadas de altura manométrica das curvas individuais das bombas B\(_1\) e B\(_2\). Esse tipo de associação é comumente utilizado, também, quando existem diversos reservatórios localizados em posições e cotas muito diferentes, conforme afirma Macintyre (1997).

Fonte: Ryszard Parys / 123RF.

Rendimento de uma associação em série de bombas hidráulicas

Fonte: Aleksandr Elesin / 123RF.

Rendimento de uma associação em paralelo de bombas hidráulicas

Tendo em vista as características de cada associação, faz-se necessário reforçar dois aspectos. O primeiro deles é que a seleção dos motores de acionamento para as bombas associadas em paralelo exige um cuidado extra, já que esses motores devem trabalhar com margem de segurança tanto para o funcionamento isolado quanto para o funcionamento de múltiplas bombas em paralelo. O segundo aspecto diz respeito ao fato de que, nas associações em série, observa-se que a bomba seguinte da associação deverá possuir capacidade estrutural para suportar as altas pressões de saída das bombas anteriores, tendo em vista o acréscimo de pressão ocorrido em cada estágio.

Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)

As máquinas hidráulicas são dispositivos que permitem a troca de energia entre um fluido e um sistema mecânico. Uma das máquinas hidráulicas, ou turbomáquinas, mais utilizada é a bomba. A finalidade das bombas hidráulicas é adicionar energia ao fluido por meio do consumo de energia mecânica (trabalho de eixo). Dessa forma, a energia de saída do fluido será maior do que a energia que esse fluido possuía na entrada. Dependendo da demanda, as bombas podem ser associadas em série ou em paralelo.

Assinale a alternativa correta sobre a associação e a operação de múltiplas bombas.

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Cavitação: Causas e Consequências

Caro(a) estudante, vamos, agora, falar sobre cavitação ou formação de cavas. Trata-se de um fenômeno no qual surgem cavidades de vapor no interior do fluido que percorrem o sistema hidráulico. A cavitação ocorre quando a pressão absoluta da linha sofre queda, geralmente, mantendo-se em temperatura constante. Se a pressão absoluta que atua sobre o líquido ficar abaixo da sua P\(_v\) (pressão de vapor), em qualquer região da instalação, haverá formação de pequenas bolhas, conforme afirma Macintyre (1997).

De acordo com Baptista e Lara (2010), as bolhas que surgem durante a vaporização têm pressão interna superior em relação ao meio externo, por isso, elas tendem a entrar em um processo de expansão, atrapalhando parcialmente o movimento do fluido. Caso essas bolhas de vapor cheguem em regiões de dentro da bomba, onde a pressão é superior em relação às internas da bolha, haverá implosão, ou seja, uma onda de pressão se propagando e colidindo contra a estrutura interna, causando danos. A Figura 3.4, a seguir, mostra as pressões atuantes no fluido versus a posição delas dentro do sistema hidráulico.

#PraCegoVer: a figura mostra um gráfico com as pressões atuantes no fluido versus a posição delas dentro do sistema hidráulico. O eixo vertical representa a pressão e possui, respectivamente, de cima para baixo, as letras Pd, Ps e Pv. O eixo horizontal indica posição. Da esquerda para a direita, há, respectivamente, os nomes: sucção, centro do rotor, descarga e posição. A curva ilustrada inicia-se no eixo vertical, sobre o ponto Ps, e se desloca horizontalmente para a direita. A curva tem uma queda repentina, seguindo trajetória parabólica com vértice inferior alinhado com o centro do rotor. Mais à direita, a curva volta a subir drasticamente até retornar para o patamar de reta horizontal. Há, também, uma linha pontilhada horizontal, partindo do ponto Pv, no eixo vertical, e cortando a curva na região parabólica, delimitando uma área denominada formação de bolhas de vapor.
Figura 3.4 - Pressões atuantes no fluido versus a posição delas dentro do sistema hidráulico
Fonte: Delpreti / Wikimedia Commons.

#PraCegoVer: a figura mostra um gráfico com as pressões atuantes no fluido versus a posição delas dentro do sistema hidráulico. O eixo vertical representa a pressão e possui, respectivamente, de cima para baixo, as letras Pd, Ps e Pv. O eixo horizontal indica posição. Da esquerda para a direita, há, respectivamente, os nomes: sucção, centro do rotor, descarga e posição. A curva ilustrada inicia-se no eixo vertical, sobre o ponto Ps, e se desloca horizontalmente para a direita. A curva tem uma queda repentina, seguindo trajetória parabólica com vértice inferior alinhado com o centro do rotor. Mais à direita, a curva volta a subir drasticamente até retornar para o patamar de reta horizontal. Há, também, uma linha pontilhada horizontal, partindo do ponto Pv, no eixo vertical, e cortando a curva na região parabólica, delimitando uma área denominada formação de bolhas de vapor.

Para avaliar as condições promotoras da cavitação, analise os pontos 0 e 1 na Figura 3.5, a seguir, que mostra a imagem esquemática de uma instalação típica de bombeamento.

#PraCegoVer: a figura representa a imagem esquemática de uma instalação hidráulica típica.  Na parte inferior da imagem há um reservatório retangular cheio de fluido, chamado poço de sucção ou reservatório inferior. Mergulhada no fluido há uma válvula de pé com crivo, conectada à tubulação de sucção que sobe verticalmente. Mais acima, o número zero representa o nível da superfície do líquido. Mais acima e à esquerda, ao final da tubulação de sucção, uma redução excêntrica conecta a tubulação de sucção à bomba. Mais à esquerda encontra-se o motor de acionamento conectado a bomba. Acima da bomba iniciam-se a tubulação de recalque e um registro.
Figura 3.5 - Imagem esquemática de uma instalação típica de bombeamento
Fonte: Baptista e Lara (2010, p. 173).

#PraCegoVer: a figura representa a imagem esquemática de uma instalação hidráulica típica.  Na parte inferior da imagem há um reservatório retangular cheio de fluido, chamado poço de sucção ou reservatório inferior. Mergulhada no fluido há uma válvula de pé com crivo, conectada à tubulação de sucção que sobe verticalmente. Mais acima, o número zero representa o nível da superfície do líquido. Mais acima e à esquerda, ao final da tubulação de sucção, uma redução excêntrica conecta a tubulação de sucção à bomba. Mais à esquerda encontra-se o motor de acionamento conectado a bomba. Acima da bomba iniciam-se a tubulação de recalque e um registro.

O ponto 0 encontra-se no nível da água, dentro do poço aberto, submetido à pressão atmosférica. Já o ponto 1 está localizado na região de menor pressão dentro da tubulação, perto da entrada da bomba, ou seja, ao final da tubulação de sucção, onde o fluido perdeu energia, escoando por todo esse trecho. Se surgirem bolhas próximas ao ponto 1, elas alcançarão a região do rotor e entrarão em colapso. Aplicando a Equação 3.1 (Equação de Bernoulli) para os pontos 0 e 1, tem-se:

\({{Z}_{0}}+\frac{{{P}_{0}}}{\gamma }+\frac{v_{0}^{2}}{2.g}={{Z}_{1}}+\frac{{{P}_{1}}}{\gamma }+\frac{v_{1}^{2}}{2.g}+ \Delta {{h}_{0-1}}\)                             Equação 3.1

Em que:

  • \({{Z}_{0}}\)= nível da superfície do fluido no reservatório em m;
  • \({{P}_{0}}\)= pressão na superfície do fluido no reservatório em Pa;
  • \(\gamma \)= peso específico do fluido em N/m³;
  • \({{v}_{0}}\)= velocidade do fluido no ponto 0 (m/s);
  • \({{Z}_{1}}\)= nível do ponto 1 em m (entrada da bomba);
  • \({{P}_{1}}\)= pressão no ponto 1 em Pa;
  • \({{v}_{1}}\)= velocidade do fluido no ponto 1 (m/s);
  • \({{h}_{s}}\)= altura de sucção em m;
  • \(\Delta {{h}_{0-1}}\)= perda de carga total entre os pontos 0 e 1 em m.

A formação de vapor tem início no instante em que a pressão no ponto 1 se equipara à pressão de valor do fluido. Dessa forma, a Equação 3.1 poderá ser escrita como indicado na Equação 3.2, a seguir.

\(Z_0+\frac{p_{atm}}{Y}+\frac{v_0^2}{2.g}=Z_1+\frac{P^{abs}_v}{Y}+\frac{v_1^2}{2.g}\)                               Equação 3.2

Considerando que Z\(_1\) – Z\(_0\) = h\(_s\) (altura de sucção), para início da cavitação, temos a representação dada pela Equação 3.3, a seguir.

\(hs=\frac{{{P}_{atm}}}{\gamma }-\left( \frac{P_{v}^{abs}}{\gamma }+\frac{v_{1}^{2}}{2.g}+ \Delta {{h}_{s}}+ \Delta {{h}_{*}} \right)\)                    Equação 3.3

Em que:

  • \({{P}_{atm}}\)= pressão atmosférica (Pa);
  • \(P_{v}^{abs}\)= pressão absoluta de vapor (Pa);
  • \(\Delta {{h}_{s}}\)= perda de carga na sucção em m;
  • \(\Delta {{h}_{*}}\)= perda de carga no trecho em m.

Na Equação 3.3, somente \({{P}_{atm}}\) apresenta sinal positivo, indicando sua contribuição à sucção do fluido. As grandezas que estão dentro dos parênteses irão dificultar a sucção. Uma forma de analisar as condições para cavitação seria reagrupando a Equação 3.3, isolando os termos que dependem da bomba, da instalação e do líquido, conforme mostrado na Equação 3.4, a seguir.

\(\frac{{{P}_{atm}}}{\gamma }-\left( \frac{P_{v}^{abs}}{\gamma }+ \Delta {{h}_{s}}+hs \right)=\frac{v_{1}^{2}}{2.g}+ \Delta {{h}_{*}}~\)                         Equação 3.4

De acordo com Baptista e Lara (2010), o membro à esquerda da igualdade é chamado de NPSH\(_d\) ou NPSH disponível, e está associado com a carga disponível na instalação que favorece a sucção do fluido. O membro à direita da igualdade representa o NPSH\(_r\) ou NPSH requerido e representa a carga de que a bomba precisa para evitar a cavitação durante a sucção do fluido. Dessa maneira, são obtidas as Equações 3.5 e 3.6, respectivamente.

NPSH\(_d\) = \(\frac{{{P}_{atm}}}{\gamma }-\left( \frac{P_{v}^{abs}}{\gamma }+ \Delta {{h}_{s}}+hs \right)\)                              Equação 3.5

NPSH\(_r\) \(~=\frac{v_{1}^{2}}{2.g}+ \Delta {{h}_{*}}\)                                                             Equação 3.6

Os fabricantes de bombas, geralmente, fornecem um gráfico que relaciona o NPSH\(_r\) (Net Positive Suction Head) com a vazão, conforme ilustrado na Figura 3.6, a seguir.

#PraCegoVer: a imagem mostra o traçado genérico de uma curva que relaciona o NPSHr com a vazão. O eixo vertical representa o NPSHr ; e o eixo horizontal, a vazão. Na parte inferior do eixo vertical nasce uma curva que apresenta leve subida à medida que se desloca para a direita.
Figura 3.6 - Gráfico que relaciona o NPSH\(_r\) com a vazão
Fonte: Baptista e Lara (2010, p. 174).

#PraCegoVer: a imagem mostra o traçado genérico de uma curva que relaciona o NPSH\(_r\) com a vazão. O eixo vertical representa o NPSH\(_r\) ; e o eixo horizontal, a vazão. Na parte inferior do eixo vertical nasce uma curva que apresenta leve subida à medida que se desloca para a direita.

De acordo com Macintyre (1997), o projetista deverá calcular o NPSH\(_d\) para a vazão desejada e comparar esse valor com o NPSH\(r\) encontrado na curva da bomba que foi fornecida pelo fabricante. Caso o NPSH\(_r\) seja igual ou superior ao NPSH\(_d\) haverá cavitação. Baptista e Lara (2010) afirmam que diante da ausência de uma curva de referência relacionando o NPSHr com a vazão, usa-se a Equação 3.7 para estimar o NPSHr no ponto de máximo rendimento.

NPSH\(_r\) \(~=\Delta {{h}_{*}}=0,0012x~{{n}^{\frac{4}{3~}}}x{{Q}^{\frac{2}{3}}}\)                                         Equação 3.7

Em que:

  • n = rotação da bomba (rpm);
  • NPSH\(_r\) = carga de sucção requerida pela bomba em m;
  • Q = vazão da bomba no ponto de máximo rendimento em (m³/s).
NPSHd (Disponível)

• Parâmetro calculado para uma instalação.
• Relaciona-se com a altura na sucção da bomba.
• É o que a instalação consegue fornecer.

NPSHr (Requerido)

• Parâmetro que se refere à bomba.
• Obtido nas curvas características das bombas.
• Relaciona-se com a altura requerida para se evitar a cavitação.

NPSHd (Disponível) x NPSHr (Requerido)

Card 1: NPSHd (Disponível)

  • Parâmetro calculado para uma instalação.
  • Relaciona-se com a altura na sucção da bomba.
  • É o que a instalação consegue fornecer.

Card 2: NPSHr (Requerido)

  • Parâmetro que se refere à bomba.
  • Obtido nas curvas características das bombas.
  • Relaciona-se com a altura requerida para se evitar a cavitação.

Segundo Coelho (2006), como consequências do fenômeno da cavitação, podemos citar: o excesso de vibrações mecânicas dentro da bomba devido às implosões das bolhas de vapor; a significativa erosão de material nas áreas de implosão, como ilustrado na Figura 3.7; e, até mesmo, a modificação no traçado das curvas da bomba em função de todas as perturbações citadas, como mostrado no gráfico da Figura 3.8.

Homem com óculos de realidade virtual.
Figura 3.7 - Imagem do dano no rotor de uma bomba centrífuga devido à cavitação
Fonte: Coelho (2006, p. 7).

#PraCegoVer: a figura mostra a imagem de um rotor metálico de cor alaranjada com vários furos irregulares provocados pelo fenômeno de cavitação. O rotor encontra-se apoiado sobre uma superfície cinza.

A Figura 3.7 mostra, claramente, os danos causados em uma bomba que permaneceu em cavitação por um período de tempo considerável, ao ponto de provocar um processo de erosão avançado em seu rotor. A Figura 3.8 apresenta as curvas de altura manométrica versus a vazão e o rendimento versus a vazão. Para vazões maiores do que Q\(_2\), a bomba cavitará.

Observe as distorções ocorridas nas curvas a partir do ponto de vazão 2. Há uma queda forte nos valores de rendimento e também nas alturas manométricas, comprometendo, em muito, a operação da bomba. Tal fato é evidenciado pela mudança no ponto de operação de 1 para 2.

#PraCegoVer: a imagem mostra o traçado das curvas de altura manométrica versus vazão e rendimento versus vazão. No eixo vertical encontram-se as variáveis H de altura manométrica e n de rendimento; no eixo horizontal encontra-se a vazão volumétrica de fluido(Q). Analisando de cima para baixo, são identificadas cinco curvas sobre os eixos cartesianos. A primeira curva, descrita como “curva n x Q para uma bomba cavitando na vazão Q”, inicia-se na origem dos eixos e cresce para a direita, seguindo uma função parabólica. Ao chegar no valor de vazão Q2, essa curva decai conforme uma reta vertical e toca Q2. A segunda curva, de cima para baixo, chamada “curva n x Q para condições normais”, nasce na origem dos eixos e cresce seguindo uma função parabólica no sentido direito da figura. A terceira curva, denominada “curva do sistema”, nasce interceptando o eixo vertical e cresce suavemente para a direita do gráfico. Na região central, essa curva intercepta a curva denominada “curva H x Q para condições normais”, no ponto 2; logo em seguida, intercepta, também, a “curva H x Q para condições normais”, no ponto 1. A quarta curva mostrada chama-se “curva H x Q para condições normais”, a qual nasce na intercepção da parte superior com o eixo vertical e apresenta queda moderada à medida que se desloca para a direita, onde cruza com a curva do sistema, dando origem ao ponto1. A quinta e última curva, denominada “curva H x Q quando cavitando na vazão Q”, nasce na origem dos eixos, porém, quando alcança o ponto de vazão Q2, apresenta queda totalmente vertical em direção a esse ponto sobre o eixo das vazões.
Figura 3.8 - Influência da cavitação nas curvas características de uma bomba centrífuga
Fonte: Baptista e Lara (2010, p. 176).

#PraCegoVer: a imagem mostra o traçado das curvas de altura manométrica versus vazão e rendimento versus vazão. No eixo vertical encontram-se as variáveis H de altura manométrica e n de rendimento; no eixo horizontal encontra-se a vazão volumétrica de fluido(Q). Analisando de cima para baixo, são identificadas cinco curvas sobre os eixos cartesianos. A primeira curva, descrita como “curva n x Q para uma bomba cavitando na vazão Q”, inicia-se na origem dos eixos e cresce para a direita, seguindo uma função parabólica. Ao chegar no valor de vazão Q2, essa curva decai conforme uma reta vertical e toca Q2. A segunda curva, de cima para baixo, chamada “curva n x Q para condições normais”, nasce na origem dos eixos e cresce seguindo uma função parabólica no sentido direito da figura. A terceira curva, denominada “curva do sistema”, nasce interceptando o eixo vertical e cresce suavemente para a direita do gráfico. Na região central, essa curva intercepta a curva denominada “curva H x Q para condições normais”, no ponto 2; logo em seguida, intercepta, também, a “curva H x Q para condições normais”, no ponto 1. A quarta curva mostrada chama-se “curva H x Q para condições normais”, a qual nasce na intercepção da parte superior com o eixo vertical e apresenta queda moderada à medida que se desloca para a direita, onde cruza com a curva do sistema, dando origem ao ponto1. A quinta e última curva, denominada “curva H x Q quando cavitando na vazão Q”, nasce na origem dos eixos, porém, quando alcança o ponto de vazão Q2, apresenta queda totalmente vertical em direção a esse ponto sobre o eixo das vazões.

De acordo com Coelho (2006), um aspecto interessante a respeito das consequências da cavitação é que a pressão liberada durante o colapso de uma bolha de vapor é função de alguns fatores, porém o aspecto mais significativo é a razão entre o diâmetro da bolha antes e após o colapso. Ademais, a pressão na sucção, as altas rotações, a temperatura e o tipo da bomba incluíam, diretamente, o valor do tamanho inicial da bolha de vapor.

praticar
Vamos Praticar

Uma instalação hidráulica precisa bombear água com peso específico de 9908 N/m³ a uma altura manométrica de 80 m, sabendo que:

  • NPSHr = 6 m;
  • Patm = 100.000 Pa;
  • P vapor do fluido é de 3900 Pa;
  • \(\Delta {{h}_{s}}=\) 5 m.

Qual o valor da altura de sucção para se evitar o início do fenômeno de cavitação? A bomba terá que trabalhar afogada ou não?

Feedback
Margem de Segurança e Uso do Número de Thoma

É importante, durante toda a etapa de seleção e dimensionamento, levar em consideração as margens de segurança, tendo em vista que o fluido bombeado não será totalmente puro e que as impurezas irão afetar a P\(_v\). Segundo Baptista e Lara (2010), é comum a adoção de, aproximadamente, 20% como margem de segurança, ou o valor de 0,6 m a mais, conforme mostram as Equações 3.8, 3.9, 3.10 e 3.11.

\(hs\le \left[ \frac{{{P}_{atm}}}{\gamma }-\left( \frac{P_{v}^{abs}}{\gamma }+ \Delta {{h}_{s}}+NPSHr \right) \right]\div 1,2\)                Equação 3.8

\(hs\le \frac{{{P}_{atm}}}{\gamma }-\left( \frac{P_{v}^{abs}}{\gamma }+ \Delta {{h}_{s}}+NPSHr+0,6 \right)\)                    Equação 3.9

NPSH\(_d\) – 0,6m \(\ge \) NPSHr                                                                  Equação 3.10

NPSH\(_d\) / 1.2 \(\ge \) NPSHr                                                                      Equação 3.11

Como consequências do fenômeno de cavitação, podemos citar, de acordo com Baptista e Lara (2010), dano e remoção de material no local de implosão da bolha, vibrações mecânicas, turbulência e modificação nas curvas características.

REFLITA

Existem várias medidas que podem contribuir para a prevenção do fenômeno da cavitação. Além de aplicar as margens de segurança, é importante garantir certa distância entre os possíveis valores da pressão de vapor do líquido em relação à pressão do final da linha de sucção, ou seja, aquela na entrada da bomba, tendo em vista que a pressão de vapor do líquido é função da temperatura local. Essa observação ajudará o NPSH disponível a permanecer sempre acima do NPSH requerido.

De acordo com Baptista e Lara (2010), o NPSHd ou NPSH disponível está associado com a carga disponível na instalação que favorece a sucção do fluido, enquanto o NPSHr ou NPSH requerido é a energia exigida pela bomba durante a sucção do fluido, evitando-se a cavitação. As variáveis que impactam diretamente esses dois parâmetros estão representadas nas equações a seguir.

NPSHd = \(\frac{{{P}_{atm}}}{\gamma }-\left( \frac{P_{v}^{abs}}{\gamma }+ \Delta {{h}_{s}}+hs \right)\)                            

NPSHr \(~=\frac{v_{1}^{2}}{2.g}+ \Delta {{h}_{*}}\)

Evidências do início do fenômeno
de cavitação

Surgimento de bolhas de vapor visíveis dentro do fluido durante o escoamento.

Queda na altura manométrica e na eficiência da bomba hidráulica (quando comparada com outra operando em condições iguais de vazão sem manifestação de cavitação).

Quando instrumentos de medição identificam mudança no perfil dos ruídos, além de vibrações crescentes, tomando como referência uma bomba operando fora das condições de cavitação.

As partes que sofreram desgaste devido à exposição prolongada à erosão terão o seu peso reduzido.

#PraCegoVer: o infográfico tem título “Evidências do início do fenômeno de cavitação” e apresenta quatro tópicos em linha horizontal. Ao clicar no primeiro, é apresentado o título “Início da cavitação” e, logo abaixo, há o texto: “Surgimento de bolhas de vapor visíveis dentro do fluido durante o escoamento”. Ao clicar no segundo tópico, é apresentado o título “Eficiência e altura manométrica” e, logo abaixo, há o texto: “Queda na altura manométrica e na eficiência da bomba hidráulica (quando comparada com outra operando em condições iguais de vazão sem manifestação de cavitação)”. Ao clicar no terceiro tópico, é apresentado o título “Vibrações e ruídos” e, logo abaixo, há o texto: “Quando instrumentos de medição identificam mudança no perfil dos ruídos, além de vibrações crescentes, tomando como referência uma bomba operando fora das condições de cavitação”. Ao clicar no quarto e último tópico, é apresentado o título “Desgaste e peso” e, logo abaixo, há o texto: “As partes que sofreram desgaste devido à exposição prolongada à erosão terão o seu peso reduzido”.

Uma maneira alternativa de se obter o NPSHr é pelo número de Thoma. Sua definição é a divisão do NPSHr pela altura manométrica, como mostra a Equação 3.12.

\(\sigma =\frac{NPS{{H}_{R}}}{H}\)                                                                          Equação 3.12

Esse número também pode ser obtido por meio de relações matemáticas, apresentadas por diversos autores, com base nas velocidades e na rotação específicas, calculadas para cada bomba.

\({{n}_{q}}=\frac{n.{{Q}^{\frac{1}{2}}}}{{{H}^{\frac{3}{4}}}}~\)                                                                     Equação 3.13

Em que:

  • \({{n}_{q}}~\)= rotação específica da bomba (rpm);
  • \(n~\)= rotação nominal (rpm);
  • \(Q\) = vazão volumétrica da bomba (m³/s);
  • \(H\)= altura manométrica (m).

Para se encontrar a velocidade específica da bomba, temos:

\({{n}_{s}}=3,65~x~{{n}_{q}}~\)                                                     Equação 3.14

Algumas relações matemáticas mais práticas para o cálculo do número de Thoma são:

Macyntire:  \(\text{ }\!\!\sigma\!\!\text{ }=\varnothing .\text{n}_{\text{q}}^{\frac{4}{3}}\)                                             Equação 3.15

Para bombas centrífugas radiais, adotando-se \(\varnothing =0,0011\)

Para bombas helicoidais, adotando-se \(\varnothing =0,0013\)

Para bombas axiais, adotando-se \(\varnothing =0,00145\)

Stepanoff

Para bombas axiais e radiais: \(\text{ }\!\!\sigma\!\!\text{ }=2,2\text{x}{{10}^{-4}}.\text{n}_{\text{s}}^{\frac{4}{3}}\)                 Equação 3.16  

 

Escher-Wiss

Para bombas axiais e radiais: \(\text{ }\!\!\sigma\!\!\text{ }=2,16\text{x}{{10}^{-4}}.\text{n}_{\text{s}}^{\frac{4}{3}}\)              Equação 3.17

praticar
Vamos Praticar

Em um sistema hidráulico, com vazão de 28 m³/h e altura manométrica de 50 m, uma bomba opera com rotação de 3500 rpm. Encontre o NPSHr dessa bomba. Sabendo que o NPSHd é igual a 5 m, responda se haverá ou não cavitação.

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Materiais e Considerações de Projeto

Segundo Coelho (2006), o fenômeno físico da cavitação tem um peso importante, inclusive, na definição dos materiais para a fabricação das bombas hidráulicas. Até o final da década de 80, os aços carbono eram os mais utilizados nos projetos dos rotores, entretanto suas propriedades mecânicas não eram suficientes para manter a integridade da estrutura. Após a década de 80, com o avanço da metalurgia, verificou-se que o aço inoxidável martensítico CA‐6NM era o mais adequado, devido à sua alta resistência à corrosão e à erosão por cavitação.

Outros materiais com boa resistência à cavitação são: aço-nível, aço-cromo e algumas outras ligas inox especiais. Veja, a seguir, a forma de reduzir as chances de ocorrência do fenômeno da cativação.

Diâmetros

manter a menor e adequada relação possível para:
\(\frac{Di\hat{a}metro~de~entra~das~p\acute{a}s~}{Di\hat{a}metro~de~sa\acute{i}da~das~p\acute{a}s}\)

Raio de entrada x Comprimento de Filete

minimizar a relação: quadrado do raio de entrada e o comprimento do filete das pás com curvatura dupla.

Quantidade de Pás

quantidade correta de pás, geralmente, em maior número possível.

Ângulo das Pás

baixos ângulos de entrada das pás.

Altura Manométrica

reduzir os valores de altura manométrica que estão a cargo de cada rotor.

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Na hipótese de o rotor ter sofrido algum dano devido ao fenômeno da cavitação, é possível submetê-lo a um processo de soldagem, para preenchimento da região avariada. Deve-se ter atenção para que o metal de adição tenha resistência à cavitação bem próxima ao metal do rotor, além do ótimo controle de temperatura da zona termicamente afetada, evitando-se empenamentos, trincas ou mudanças de fase no metal. Esse processo deve ser finalizado com um bom esmerilhamento superficial, já que quanto menor for a rugosidade, mais a resistência à cavitação aumenta (COELHO, 2006).

Ao longo deste texto, estudamos o fenômeno físico da cavitação, seus inconvenientes e possíveis caminhos para evita-lo. Além disso, aprendemos a calcular o NPSHd na instalação e o NPSHr pela bomba, além da aplicação da margem de segurança.

Neste tópico, você teve a oportunidade de:

  • demonstrar como obter uma curva característica de bombas associadas e obter o ponto de funcionamento;
  • relembrar a metodologia de dimensionamento de bombas associadas em série e em paralelo;
  • resolver situações-problema por meio da resolução de exercícios propostos;
  • aprender os conceitos, as causas e as consequências do fenômeno de cavitação em bombas;
  • aplicar os conceitos expostos em situações reais, por meio de estudos de caso.
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)

Sobre o conceito de NPSH e sua relação com o fenômeno da cavitação, assinale, a seguir, a afirmativa correta.

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Material Complementar
web

O fenômeno da cavitação e sua origem

Ano: 2019

Comentário: o vídeo é um bom complemento ao conteúdo da unidade, pois, a partir do conceito de pressão de vapor, a consultoria Engenharia e Cia traz uma abordagem detalhada sobre o fenômeno físico da cavitação, bem como suas consequências para a vida útil da bomba. Ao final do vídeo, há uma ilustração desse fenômeno.

Acessar
Livro

Projeto de Máquinas de Fluxo: bombas hidráulicas com rotores radiais e axiais - Tomo II

Editora: Interciência

Autor: Zulcy de Souza

ISBN: 9788571932722

Comentário: a obra será um bom complemento ao estudo desta unidade por realizar alguns aprofundamentos sobre as bombas hidráulicas com rotores radiais e axiais, trazendo, também, os principais elementos constituintes dessas duas classificações, bem como os detalhes construtivos de projeto.

Livro

Bombas e Instalações Hidráulicas

Editora: LCTE

Autor: Sérgio Lopes dos Santos

ISBN: 9788598257563

Comentário: o livro é uma ótima sugestão de leitura complementar por apresentar os principais aspectos relacionados ao projeto e à seleção das bombas hidráulicas, bem como as formas de realizar a associação dessas bombas para atender aos requisitos de vazão e altura manométrica da instalação.

Conclusão

Prezado(a) estudante, chegamos ao fim do nosso estudo. Durante a leitura, estudamos a técnica de associação de bombas, ou seja, a operação de múltiplas bombas ligadas em série ou em paralelo. Foi possível compreender que a associação em série é capaz de proporcionar ao sistema hidráulico um aumento na altura manométrica, enquanto, na associação em paralelo, o ganho será na vazão volumétrica de fluido.

Verificou-se que as bombas são dispositivos que fornecem energia a um fluido, sendo possível que este vença o desnível e as perdas de carga ao longo do percurso. Por último, tivemos o conhecimento sobre o conceito de cavitação, seus inconvenientes e como ela pode ser evitada. Além disso, vimos o conceito de NPSH, bem como a diferenciação entre NPSH disponível na instalação e NPSH requerido pela bomba, além da aplicação da margem de segurança.

Referências

ASSOCIAÇÃO de bombas em paralelo: instalação e cálculos. [S. l.: s. n.], 2017. 1 vídeo (9 min). Publicado pelo canal Bloom Consultoria. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Bu3u-bL4dkw&list=RDCMUC3z8doNHBds_GkhFpsZpfCg&index=3. Acesso em: 25 maio 2021.

BAPTISTA, M.; LARA, M. Fundamentos de Engenharia Hidráulica. 3. ed. Belo Horizonte: UFMG, 2010.

BOMBAS em série. [S. l.: s. n.], 2020. 1 vídeo (3 min). Publicado pelo canal Bloom Consultoria. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6hUuW7MFbxM&list=RDCMUC3z8doNHBds_GkhFpsZpfCg&index=25. Acesso em: 25 maio 2021.

CENGEL, Y. A.; CIMBALA, J. M. Mecânica dos fluidos. 3. ed. Porto Alegre: AMGH, 2015.

COELHO, W. R. Análise do Fenômeno da Cavitação em Bombas Centrífugas. 2006. 267 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) - Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Universidade Estadual Paulista, Ilha Solteira, 2006. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/88879. Acesso em: 25 maio 2021.

MACINTYRE, A. J. Equipamentos industriais e de processo. São Paulo: LTC, 1997.

NPSH requerido e disponível: como calcular. [S. l.: s. n.], 2017. 1 vídeo (10 min). Publicado pelo canal Bloom Consultoria. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=cxncLeHSuLE&list=RDCMUC3z8doNHBds_GkhFpsZpfCg&start_radio=1&t=0. Acesso em: 25 maio 2021.

O QUE É cavitação. [S. l.: s. n.], 2016. 1 vídeo (12 min). Publicado pelo canal Engenharia e Cia (por Micelli Camargo). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qy3TlK3qPNw. Acesso em: 25 maio 2021.

SANTOS, S. L. dos. Bombas e Instalações Hidráulicas. São Paulo: LCTE, 2007.

SOUZA, Z. de. Projeto de Máquinas de Fluxo: bombas hidráulicas com rotores radiais e axiais - Tomo II. 1. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2011.

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